domingo, 26 de junho de 2016

Dekalog em blu-ray: impressões de um cinéfilo brasileiro






Mais detalhes sobre o blu-ray polonês da minissérie Decálogo, dirigida pelo cineasta Krzysztof Kieslowski... 

Revi hoje trechos de todos os 10 episódios e do documentário extra e cheguei às seguintes conclusões:

a) a imagem é realmente ótima, esplendorosa, extremamente nítida, vívida, com contornos perfeitos e bem definidos;

b) o fato de a imagem estar em widescreen em todos os episódios não diminui em nada a qualidade da obra; pelo contrário, na minha opinião, a amplitude da tela panorâmica (widescreen) só trouxe benefício, pois as imagens saltam aos olhos, de tão belas; a adaptação para o novo aspecto de tela foi tão bem feita e sensível que nem se percebe mudança importante nos limites superior e inferior das imagens;

c) a versão original em fullscreen, numa TV full HD, não funciona bem: geralmente, são colocadas largas faixas pretas nas laterais e, em alguns casos, faixas mais finas também nas partes superior e inferior, hipótese do DVD da Versátil (faixas laterais nos 10 episódios e superiores e inferiores no 5º e 6º) e provável versão do blu-ray da distribuidora norte-americana Criterion, o que deixa a imagem muito verticalizada;

d) o som é de cinema, bem potente e claro, sem o mínimo de ruído ou interferência, melhor do que o meu CD da trilha sonora;

e) a legenda também é perfeita, bem nítida, com tamanho, cor (branca) e fonte ideais;

f) os créditos estão no mesmo nível da qualidade da imagem, com cor vibrante e sem os tremidos típicos do DVD ou filmes de décadas anteriores;

g) considerando que o Kieslowski é um diretor de poucas palavras, fica tranquilo acompanhar a coleção com legenda em espanhol ou inglês, uma vez que os diálogos são curtos e em ritmo fácil de visualizar, deixando a atenção voltada para a linguagem visual, emocional e sonora;

h) o documentário Ainda Vivo (Still Alive, 2005), dirigido pela polonesa Maria Zmarz-Koczanowicz, possui 81min e legenda apenas em inglês e inclui depoimentos gravados em 2005 e imagens de produções anteriores do cineasta, inclusive da década de 70, além dos bastidores de algumas filmagens ou entrevistas das décadas de 80 e 90, sendo um pouco irregular na qualidade da imagem, embora contido num dos discos de blu-ray (no lugar do comumente usado DVD), o que não prejudica em nada o conjunto da coleção e vale como precioso material extra.






Conclusivamente, vale muito a pena adquirir o blu-ray polonês, por todos esses motivos, além do preço bem mais acessível que o norte-americano, conforme já disse numa postagem anterior.

De qualquer forma, também não descartaria a edição da Criterion, pois a qualidade é aquele deslumbramento de sempre e ainda virão inúmeros extras respeitáveis, dentre os quais as versões estendidas e restauradas dos episódios 5 e 6 (Não Amarás/A Short Film About Love e Não Matarás/A Short Film About Killing).

É isso aí: filme muito bom a gente acaba adquirindo mais de uma edição e não se arrepende.


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