quarta-feira, 28 de outubro de 2015

Grace de Mônaco, o filme


Um trágico conto de fadas



Finalmente, o filme Grace de Mônaco (Grace of Monaco, 2014) vai estrear nos cinemas brasileiros (rede Kinoplex), na próxima quinta-feira, 29/10/2015, distribuído pela PlayArte. Inicialmente, o filme vinha sendo divulgado como Grace: a princesa de Mônaco, sendo alterado recentemente para o título definitivo.


Grace Kelly (1929-1982), na pele da atriz australiana Nicole Kidman, é uma grande estrela de cinema quando, em 1956, casa-se com o príncipe Rainier III, interpretado pelo ator inglês Tim Roth, e se retira da vida cinematográfica. Seis anos depois, em meio a uma crise conjugal, a ex-atriz é convidada a protagonizar o novo filme do mestre Alfred Hitchcock, com quem já havia trabalhado em clássicos como Janela indiscreta (Rear window, 1954) e Ladrão de casaca (To catch a thief, 1955). O príncipe é terminantemente contra a ideia. Paralelamente, a França ameaça anexar o principado ao país. Grace, então, terá que decidir entre voltar à carreira em Hollywood ou permanecer como princesa de Mônaco e manter o casamento do século.

Filme de abertura do 67º Festival de Cannes, ocorrido em 05/2014, a história de uma das mais famosas, elegantes, charmosas e belas celebridades do mundo foi mal recebida pela crítica mundial e nacional. Os críticos foram impiedosos e cruéis com o filme, pois esperavam uma cinebiografia sem licença poética.


Com a família real de Mônaco não foi diferente, pois essa reclamou da forma como foi retratada na produção, por não ter sido fiel à biografia oficial. Tanto a nobreza quanto os críticos esqueceram que se trata de uma obra de ficção, na qual o diretor não tinha a pretensão de replicar fatos históricos exatos, mas contar uma história de amor e conflitos, inclusive políticos.

Não se pode negar, entretanto, a grande semelhança física e de estilo entre as atrizes Grace e Nicole. E a qualidade de interpretação de ambas é inegável, comprovada por importantes prêmios da indústria cinematográfica.


Além disso, a direção não é inexperiente. O cineasta francês Olivier Dahan já havia comandado filmes como o aclamado Piaf: um hino ao amor (La vie en rose, 2007). E a trilha sonora foi composta pelo veterano Christopher Gunning (Salvem as baleias/When the whales came e Piaf: um hino ao amor). Acresça-se a isso o fato de que temos a oportunidade de ouvir a cantora Maria Callas (especialmente O mio babbino caro, de Giacomo Puccini), uma das mais famosas divas da ópera mundial e íntima da família real, personificada pela atriz espanhola Paz Vega. Os figurinos, cenografia e fotografia também são um espetáculo, próprios de uma produção eminentemente europeia.

Resta despir-se do preconceito e da expectativa de assistir a um documentário sobre a segunda família real mais assediada da história, para se deliciar com uma produção cheia de glamour, locações cenográficas exuberantes e uma história plausível.

Também vale a pena torcer para que o filme seja posteriormente lançado no Brasil em blu-ray e DVD: uma recordação dos tempos de glória, uma produção que não passou em branco, mas que deixa a sua marca, apesar das críticas apressadas.

A propósito, a obra já se encontra em blu-ray e DVD na França, Reino Unido, Alemanha, Japão, Rússia, Finlândia, Austrália, Hong Kong, Noruega, Espanha, Holanda, Dinamarca, Itália, Suécia e Canadá, dentre outros. O lançamento em blu-ray nos EUA é incerto, devido a fortes divergências entre a produtora e o diretor quanto à montagem final para os cinemas. De qualquer forma, já existe a previsão de o DVD estar disponível em 01/12/2015.

    

Por sua vez, a trilha sonora foi lançada apenas em versão digital, tanto nos EUA, quanto na França, Reino Unido e Alemanha. O link para audição legal de trechos da obra pode ser acessado aqui.



Por fim, o trailer pode ser visto em HD com legenda em português aqui.


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